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HISTÓRIA

Decreto n.º 50, de 14 de maio de 1935

 

“Cria a Escola de Indústrias Agrícolas Cândido Tostes, no Município de Juiz de Fora”.

 

O Governador do Estado de Minas Gerais, usando suas atribuições resolve, criar, no Município de Juiz de Fora, no Distrito da cidade, em lugar oportunamente designado, uma escola de indústria agrícola, que terá a denominação de Escola de Indústrias Agrícolas Cândido Tostes.

 

Palácio do Governo, em São Matheus

Juiz de Fora, aos 14 de maio de 1935

 

Benedicto Valladares Ribeiro - Governador do Estado

Israel Pinheiro - Secretário da Agricultura, Indústria, Comércio e Trabalho.

 

 

 

 

Comissão de técnicos responsável pela elaboração do plano de implantação da FELCT

 

Do Ministério da Agricultura:

 

  • Dr. José Januário Carneiro – Médico Veterinário

  • Dr. José de Sá Earp – Médico Veterinário

  • Manoel Zenha de Mesquita – Laticinista do Serviço de Fomento da Produção Animal da Secretaria de Agricultura

  • Dr. José de Mello S. Gouvea – Engenheiro Agrônomo

  • Dr. José Bawden Teixeira – Engenheiro

  • Dr. David Francisco Mourão – Engenheiro do DIPOA – Divisão de Inspeção de produtos de origem animal

  • Dr. José Teófilo C. Ferreira – Médico Veterinário, Juiz de Fora

  • Dr. José Sampaio Fernandes – Químico, Rio de Janeiro

Lei nº 1476, de 3 de setembro de 1956

 

Organiza o Instituto de Laticínios Cândido Tostes e dá outras providências.

 

O Povo do Estado de Minas Gerais por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei:

 

Art. 1º - Passa a denominar-se Instituto de Laticínios “Cândido Tostes”, diretamente subordinado ao Secretário de Agricultura, a Fábrica Escola de Laticínios “Cândido Tostes”, criada pelo decreto nº 50 de 14 de maio de 1935, modificado pelo Decreto-Lei 983, de 9 de dezembro de 1943.[...]

José Francisco Bias Fortes

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O solar dos Tostes, berço de uma escola

 

Em 1890, a Fazenda São Mateus, foi comprada pelo Dr. Cândido Teixeira Tostes. Dr. Candinho, como era carinhosamente conhecido, nascido em 05 de fevereiro de 1842, era bacharel em Direito e foi Diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais. Homem dinâmico e inteligente, de grande projeção no meio ruralista, implantou, nas fazendas São Mateus e Sant'Ana, lavouras de café, tornando-se o maior cafeicultor de Minas e por isso cognominado o Rei do Café. A 9 de abril de 1927, falecia aos 85 anos. A escolha do nome do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", seria em sua homenagem.

 

Entra aqui o Solar dos Tostes: na década de 30, a Fazenda São Mateus, em Juiz de Fora, Minas Gerais, costumava receber visitantes ilustres, entre eles, o Presidente Getúlio Vargas e o Governador do Estado de Minas, Benedito Valadares. Em maio de 1935, o Dr. Benedito Valadares transferiu a sede do Governo de Minas Gerais para a Fazenda São Mateus e lá promulgou o Decreto nº 50, de 14 de maio de 1935, criando em Juiz de Fora - MG, a Indústria Agrícola "Cândido Tostes", sendo este nome em homenagem aquele personagem ilustre, antigo dono da fazenda que tanto fizera pelo desenvolvimento da região de juiz de Fora.

 

Ao ser inaugurada, em 03 de setembro de 1940, já seu nome havia sido mudado para Fábrica-Escola de Laticínios "Cândido Tostes"(FELCT).

 

Também a Fábrica Escola, sofreria mudanças.

 

No dia 3 de setembro de 1956, portanto, 16 anos após a sua inauguração, passa a denominar-se Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", através da Lei 1.476, integrado à estrutura da Secretaria de Estado da Agricultura do Estado de Minas Gerais, usufruindo de todas as prerrogativas que o novo título possa lhe conferir.

 

O Instituto adiantou-se à concepção social de educação, vigente nos dias atuais, que propõe a vinculação da escola ao mundo do trabalho. Ali, esta circulação vem ocorrendo de forma equilibrada favorecendo o diálogo escola e empresa, pela articulação natural entre a teoria e a prática. O aluno é o portador que leva as tecnologias de ponta, colhidas na escola e novos produtos ali desenvolvidos, para a empresa e dela traz as demandas que o mercado consumidor está a exigir. A sua infra-estrutura permitiu consolidar ainda mais a formação especial, com destaque para o setor de estágio supervisionado. Vale ressaltar que, grande parte deste processo deve-se ao fato de a Instituição trabalhar em regime de tempo integral, o que tornava possível realizar uma carga horária com cerca de 4.900 horas/aula, em um período de 3 anos e meio.

 

Em 1974, o Governo do Estado de Minas Gerais, através da Lei nº 6310, autorizou a constituição da Empresa de Pesquisa Agropecuána de Minas Gerais - EPAMIG, cujo objetivo era responder pela linhas de pesquisa no Estado, analogamente ao trabalho realizado pela EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a nível nacional. O Governo do Estado estava deslocando o Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" da estrutura da Secretaria de Agricultura, transferindo-o à recém criada Empresa, com todas as suas atividades e o seu patrimônio. Assim o ILCT tinha institucionalizado a sua atividade de pesquisa.

 

Os programas de ensino e pesquisa são executados em perfeita integração, sendo que os trabalhos desenvolvidos pela pesquisa constituem instrumento básico no aprimoramento técnico do ensino em laticínios. Casamento perfeito entre duas atividades fins: Ensino e Pesquisa, algo sonhado pela Universidade Brasileira, presente na realidade de uma escola de ensino técnico.

 

A institucionalização da pesquisa através da EPAMIG tomou impulso rápido, pela base que encontrou no ILCT; o espírito de pesquisa estava instalado desde a criação, na distante década de 30. De então, até 1980, contou-se com o frutífero trabalho de tecnologia estrangeira, notadamente européia, de fabricação de queijos, manteiga e outros produtos lácteos, em que os processos adequados às condições brasileiras, eram de imediato transferidos à indústria nacional.

 

Toda a organização existente foi mantida guardando integral fidelidade à sua tradição e ao postulado inscrito na parede de entrada de seu núcleo industrial. "Para saber mandar é preciso saber fazer - para saber fazer é necessário aprender fazendo".

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